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Prefeito da capital decreta situação de emergência por cheia do Rio Acre que já afeta mais de 4 mil famílias

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou o decreto na tarde desta sexta-feira (14) para agilizar as ações de assistências as famílias afetadas pela en...

Prefeito da capital decreta situação de emergência por cheia do Rio Acre que já afeta mais de 4 mil famílias
Prefeito da capital decreta situação de emergência por cheia do Rio Acre que já afeta mais de 4 mil famílias (Foto: Reprodução)

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou o decreto na tarde desta sexta-feira (14) para agilizar as ações de assistências as famílias afetadas pela enchente do Rio Acre. Mais de 40 bairros foram atingidos pela cheia do Rio Acre em Rio Branco Felipe Freire/ Secom O prefeito Tião Bocalom decretou, na tarde desta sexta-feira (14), situação de emergência devido à enchente do Rio Acre na capital acreana. O nível das águas chegaram a 15,33 às 15h desta sexta. Anteriormente, ao meio-dia, a marcação era de 15,24 metros, já tendo subido sete centímetros naquela ocasião. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp ⚠️Contexto: A cota de alerta do Rio Acre na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros em . O manancial na capital está acima desta marca desde segunda-feira (10) e chegou a ter vazante na terça (11) e quarta (12). No entanto, ainda na noite de quarta, voltou a subir e segue neste ritmo a cada medição, que é feita a cada três horas. São, no total: 4 mil famílias diretamente afetadas pela enchente; Mais de 65 famílias desabrigadas; Mais de 100 famílias desalojadas, ou seja, estão na casa de parentes ou amigos; Cerca de 15 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas; 41 bairros da capital atingidos. Prefeito Tião Bocalom assinou decreto de emergência nesta sexta-feira (14) Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre "Vamos encaminhar para Brasília para ser feito o reconhecimento pela Defesa Civil Nacional e, a partir disso aí, a gente vai poder fazer as aquisições e compras necessárias. Precisamos ampliar os abrigos, comprando alimentação, colchões e outros itens que precisam ser comprados para atender a população de emergência. Se não tiver o decreto, a gente demora demais a comprar e o momento não permite esperar uma licitação", explicou Bocalom. Água do Rio Acre invade Bairro Seis de Agosto Outra demanda da reunião foi a inserção do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 2025 para os moradores de áreas atingidas pela cheia. "Como fizemos em anos anteriores, vamos atender esse pedido dos vereadores. Encaminharemos para a Câmara de Vereadores o projeto de lei insertando, mais uma vez, as famílias atingidas nessa alagação", disse o gestor. O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, a previsão é de que o nível do Rio Acre ultrapasse os 16 metros no final de semana e que segunda-feira (17) as chuvas se intensifiquem. "São elementos e um conjunto de fatores que acaba agravando o cenário que já vivemos", lamentou. LEIA MAIS: Após fortes chuvas, Rio Acre ultrapassa 15 metros na capital e afeta mais de 20 bairros Em meio à cheia do Rio Acre, famílias são levadas a abrigo em Rio Branco: 'só sabe quem passa', diz morador Parque de Exposições As famílias desabrigadas começaram a ser levadas ao abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, nomeado como Parque Abrigo, na manhã desta sexta-feira (14), em Rio Branco. Ao chegarem no Parque de Exposições, as famílias fazem um cadastro e são direcionadas ao espaço onde poderão se instalar. Elas recebem refeições produzidas por equipes da prefeitura no local. A orientação é que os moradores não tentem se deslocar ao abrigo por conta própria. É necessário acionar as equipes pelo número 193 para que seja gerada uma ocorrência, e a partir daí a retirada seja feita pelo órgão. O motoboy Jean Costa foi um dos primeiros moradores a chegarem no Parque Abrigo. À Rede Amazônica Acre, ele ressaltou que é o quinto ano consecutivo que ele e a família ficam desabrigados por conta da enchente. Ele mora no bairro Cadeia Velha, e diz que as águas já começaram a atingir casas da região, e por isso decidiu sair de lá. Famílias começam a ser levadas ao abrigo no Parque de Exposições "Cinco anos consecutivos com esse que eu passo, interrupto, cinco anos consecutivos sem falhar um ano", desabafou. A esposa dele passou por uma cirurgia e seria levada ao abrigo ainda nesta sexta. Ele cobra uma resposta mais efetiva do poder público diante do cenário de cheia. "[Sensação] de tristeza, angústia, sofrimento, de ver todo ano você sofrer e o poder público não tomar uma atitude, uma providência. Saber que todo ano a água é naquele lugar e não se manifestar e pegar as pessoas, retirar para parar com esse sofrimento porque a gente perde as coisas. A gente perde tudo, quando volta a casa está a maior porcaria, é lajota se soltando, madeira. Então, o poder público deveria olhar para essa situação. A gente é quem sofre, padece, sente na alma a dor de estar num lugar desse, dependendo deles, [mesmo] ajudando com um acolhimento bom. Isso é muito doido para a gente, só sabe quem passa", comentou. Reveja os telejornais do Acre